Coluna Vertebral

Médico Responsável Dr. Décio De Conti
CRM PR 12003 | RQE 4782
COLUNA NORMAL

A Coluna Vertebral é o EIXO ÓSSEO do corpo humano que além de ajudar a manter a posição em pé e ao caminhar, abriga o sistema nervoso central com a medula espinhal, raízes nervosas e as membranas que as envolvem, as meninges.
É formada por estruturas ósseas chamadas VÉRTEBRAS, unidas uma a outra por um sistema de fibras e cartilagens chamado DISCO INTERVERTEBRAL.

PRINCIPAIS PROBLEMAS : DORES NA COLUNA

Diversas estruturas que compõem a coluna vertebral podem ser sede de alterações com potencial de produzir SINTOMAS DOLOROSOS: Osso, Disco, Nervo, Ligamento, Cartilagem, Músculo. A pesquisa da causa da dor é imprescindível para o correto diagnóstico, aumentando o índice de sucesso dos tratamentos disponíveis.

ALTERAÇÕES DEGENERATIVAS

Alterações degenerativas – Artroses e Estenoses

ARTROSE é o nome técnico utilizado na descrição dos desgastes que ocorrem no sistema músculo esquelético e que na coluna vertebral tem incidência marcante na população em geral. Está relacionada em grande parte com a condição genética do indivíduo e também com fatores ambientais como obesidade, sedentarismo, tabagismo, traumatismos (fraturas e entorses), alterações posturais e outras doenças e se manifesta com dores, contraturas musculares, irradiações para os braços e as pernas e alterações de posicionamento da coluna. O desgaste das articulações produz, com muita frequência, frouxidão nas mesmas ocasionando dificuldades de locomoção e movimentação da coluna, dor ao abaixar, levantar ou carregar peso, desconforto ao caminhar ou ficar muito tempo em pé e podem evoluir com calcificações dos músculos e ligamentos formando os OSTEÓFITOS  – “BICOS DE PAPAGAIO” popularmente falando – que por vezes estreitam o canal da medula (ESTENOSE) comprimindo o tecido medular e as raízes nervosas. Tratamento cirúrgico pode ser requerido em casos mais avançados, com o objetivo de soltar e descomprimir o tecido nervoso.

HÉRNIA DE DISCO

O DISCO INTERVERTEBRAL é uma peça cartilaginosa constituída de uma camada externa de fibras circulares muito resistentes chamada ANEL FIBROSO e uma camada interna de cartilagem macia, da consistência de um gel chamada NÚCLEO PULPOSO. 

Sustenta grandes pressões, além de amortecer os impactos e contribuir com os movimentos da coluna vertebral. Entre 30 e 50 anos de idade, pode estar sujeito a lesões, fissuras e rupturas em sua estrutura, relacionadas com fatores genéticos, traumatismos agudos intensos ou menores, porém repetidos e outros fatores. O extravasamento da cartilagem central através da ruptura das fibras externas produz as HÉRNIAS DE DISCOS, que, dependendo da localização, podem produzir desde dores nas costas ou torcicolos a compressões dos nervos com dores irradiadas para membros superiores ou inferiores com sensação de formigamento, dormência e anestesia, diminuição da força dos músculos e dos reflexos. Tratamentos clínicos medicamentosos são indicados na fase aguda, seguidos por fisioterapia e correções posturais, além de mudanças em hábitos de vida. A cirurgia pode ser necessária em casos sem resposta aos tratamentos clínicos iniciais ou com sintomas neurológicos progressivos, sendo realizadas de maneira MINIMAMENTE INVASIVA, proporcionando baixos riscos, resolução rápida e retorno precoce às atividades profissionais e pessoais.

DEFORMIDADES

Deformidades – Escolioses, Cifoses e Lordoses

A coluna vertebral deve ser avaliada de forma tridimensional, parecendo retificada quando vista de frente e portando curvas normais quando vista no perfil. O DESVIO LATERAL da coluna, conhecido com ESCOLIOSE, tem mais de 70 causas diferentes, entre elas os distúrbios neurológicos, malformações congênitas, doenças do colágeno, etc. Entretanto, a origem mais comum das escolioses ainda -não está completamente elucidada pelas ciências médicas, sendo denominadas ESCOLIOSES IDIOPÁTICAS. 

Podem se manifestar desde o período após o nascimento, durante a infância ou no início da adolescência, mantendo chance de piora enquanto houver crescimento ósseo do organismo, até os 15-16 anos nas meninas e 17-18 anos nos meninos. Medem-se em ângulos e necessitam de tratamentos mais ou menos intervencionistas conforme a idade de aparecimento, potencial de crescimento ósseo, localização e magnitude das curvas, desde a simples observação periódica com orientação postural, até cirurgias para a correção de deformidades avançadas com a colocação de hastes metálicas e enxertos ósseos, passando pela utilização de coletes.

Aumentos ou diminuições da CIFOSE TORÁCICA e LORDOSE CERVICAL ou LOMBAR, também podem ser sintomáticos, seja esteticamente em jovens, seja por causar dores e outros distúrbios em adultos e idosos.

TUMORES

A coluna vertebral pode ser sede de tumores de origem óssea ou de origem metastática com maior incidência para os tumores de mama nas mulheres e de próstata nos homens. Tumores de pulmão, renais e do tubo digestivo podem produzir lesões metastáticas para as vértebras. Diagnósticos precoces são determinantes para o sucesso dos tratamentos a estas lesões.

FRATURAS

Traumatismos na coluna vertebral produzem lesões de variáveis magnitudes, desde contusões, dores musculares, estiramentos ligamentares até fraturas simples a complexas com possibilidade de lesões medulares ou das raízes nervosas. 

Os tratamentos preconizados visam o realinhamento imediato da coluna vertebral, descompressão do canal espinhal (se este estiver preenchido por fragmentos ósseos comprimindo a medula) e fixar as vértebras com materiais metálicos com a finalidade de reabilitar precocemente o paciente (sentar, iniciar fisioterapia respiratória e motora e retornar às atividades de vida normal).